
No desafio da maternidade, a rede de apoio pode tornar a trajetória da mulher mais leve e saudável. Com atenção a si e as suas necessidades perceba como as pessoas podem lhe ajudar.
Sou Amanda Alves, mãe, psicóloga e terapeuta cognitivo - Te convido a vir comigo para aprofundarmos juntas nessa jornada. Boa leitura!
Se abordar a saúde mental para a população em geral já é um desafio, abordar a saúde mental das mães é um desafio multiplicado, pois implica em olhar para mãe, bebê e todo o entorno da mulher. Sabemos que o estado emocional da mãe afeta diretamente o seu vínculo com os filhos, o cuidado com ela mesma e com o bebê e, consequentemente, seu desenvolvimento geral.
Não é incomum que mulheres no pós-parto sofram de algum problema de saúde mental. Mas não tem como falar de doença sem antes definir o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como saúde:
“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.
A saúde implica muito mais do que a ausência de doença. No que diz respeito a saúde mental, não é só a depressão que adoece as mães após o nascimento do bebê! Diagnósticos de ansiedade e pânico, estresse pós-traumático e psicose pós-parto acontecem com certa frequência e acabam sendo subnotificados, permanecendo sem tratamento adequado. Isso quando não ocorre uma sobreposição de sintomas e sensações.
Saúde mental materna é o bem-estar geral, a prevenção e tratamento dos transtornos mentais da gestante até o puerpério, considerando as especificidades deste período em especial. E que deve seguir ao longo do desenvolvimento das crianças; afinal, a maternidade segue ao longo da vida da mulher.
Mães saudáveis, bebês saudáveis: descubra como construir ou ampliar a sua rede de apoio, pois cuidar mais de si mesma pode ter um grande impacto na saúde do seu filho!
Antigamente, era comum contar com o apoio de outras mulheres da família que, além de ajudar de forma prática, trocavam experiências, o que tornava o aprendizado do maternar algo mais fluido e leve. Hoje, temos a distância, o trabalho e o desinteresse como desafios a serem superados, e a rede ganha buracos cada vez maiores.
Deveria ser algo natural, mas, na prática, ter uma rede de apoio é fonte de decepção e frustração para muitas mulheres. Em uma rede de apoio podem ser considerados todos os recursos usados no cuidado com o bebê, com as crianças e a mulher.
Aprender o que e quem pode compor a rede de apoio facilitará muito o processo e evitará a exaustão. Está tudo bem reconhecer que a rede de apoio pode ser a escola, para os filhos mais velhos, o transporte escolar, a comida congelada, a faxineira eventual ou qualquer pessoa que facilite partes deste cuidado com você mesma e com os filhos.
Não tenha medo nem vergonha de pedir ajuda! Mostre ao seu parceiro, colegas e quem estiver próximo de você a sua necessidade. Pode ser um tempo a mais de descanso, uma mudança de horário no trabalho, uma massagem, ou mesmo um docinho.
Sabe aquela amiga que te liga para conversar? A vizinha que te oferece alguma ajuda e te pergunta como você está? Elas também são sua rede de apoio. Às vezes, só de ter alguém próximo que seja um bom ouvinte basta!
Conte comigo para iniciar o seu processo de terapia e ter mais qualidade de vida ao cuidar da sua saúde mental. Cuide-se! Tire suas dúvidas aqui!